No primeiro trimestre da gravidez predominam os distúrbios de natureza endocrinovegetativa, uma vez que se sobressaem náuseas, vômitos, alterações do paladar e quedas da pressão arterial, que se comprometerem o estado nutricional da mulher, podem culminar para um quadro clínico de Hiperêmese Gravídica, que exige tratamento hospitalar. A inapetência (falta de apetite), a lassidão física (fadiga) e a queda de peso também podem ocorrer neste período.
Do quarto mês em diante o peso da gestante aumenta gradativamente, devido, claro, ao aumento do útero e do seu conteúdo (o bebê começa a "ganhar" peso) e, também, da retenção de líquidos nos tecidos maternos. As futuras mamães devem estar atentas ao controle do seu peso, pois seu aumento rápido e exagerado pode ser sinal de retenção líquida, que exige medida corretiva a fim de evitar a eclampsia. É prudente que o peso da mulher não aumente mais de 20% do seu peso inicial, constituindo a média de 10 quilos o acréscimo ideal.
A presença de algumas doenças, como Sífilis, Anemia, Tuberculose pulmonar, Cardiopatia e Diabetes deve ser pesquisada cuidadosamente, inclusive com acompanhamento não só do Ginecologista/Obstetra, mas também de médicos especialistas.
A gestante pode e deve exercer suas atividades habituais, em regime de trabalho moderado, evitando a vida sedentária. Deve dormir de 8 a 10 horas por dia e manter uma alimentação rica em proteínas animais, proteínas vegetais e vitaminas, fazendo uso de carnes magras, peixes, ovos, leites e seus derivados, frutas e verduras. O uso de massas e doces deve ser moderado e a ingestão de alimentos gordos e frituras deve ser evitado. Condimentos e bebidas alcoólicas devem ser abolidos. Recomenda-se uma vida emocional equilibrada e alegre. A atividade sexual deve ser gradativamente moderada. O uso de medicamentos deve atender a prescrição médica, a fim de evitar possível atuação sobre o feto. A futura mamãe deverá ser examinada mensalmente pelo seu médico, quando então seu peso, sua pressão arterial, a presença de edemas e o resultado do exame de urina e do ultrassom serão analisados rotineiramente, possibilitando ao médico um acompanhamento mais próximo, de modo a evitar possíveis surpresas negativas, como a pré-eclampsia e a eclampsia.
O tipo sanguíneo da mãe e do pai devem ser conhecidos, para saber se a gestante e o bebê podem ser acometidos por problemas.
Atingidos os 9 meses, a gravidez culmina com o parto, que é condicionado por três fatores:
1. O fator Força, representada pela contração uterina;
2. O fator Móvel, constituído pelo feto (seu volume, atitude, apresentação, posição etc.);
3. O fator Canal formado pela vagina, cercada pelas partes ósseas que constituem a bacia.
Quando todos esses fatores são normais e harmônicos, dá-se o Parto Normal (Eutícico). Do contrário, quando ocorre qualquer anormalidade em um ou mais desses fatores, que exige a interferência corretora do médico obstetra, o parto é chamado de Distócico. Assim, a conclusão do parto pode ser através do canal vaginal (Parto Normal) ou por via cirúrgica transabdominal (Cesariana). Após o parto acontece o Delivramento (expulsão da Placenta).
