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sexta-feira, 6 de maio de 2011

CÉLULAS-TRONCO DE CORDÃO UMBILICAL: PESQUISAS E AVANÇOS

Na sala de parto um novo procedimento começa a fazer parte da rotina hospitalar: a coleta de células-tronco do sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. Há aproximadamente cinco anos, essa cena estaria apenas nos folhetins. No entanto, a realidade é que o tema definitivamente já entrou na pauta dos casais que estão à espera de um bebê.

Isso porque há maior esclarecimento da população sobre a criopreservação de cordão umbilical, sendo essa prática cada vez mais comum no Brasil. Com a disseminação das informações e a popularização do serviço, o congelamento de células-tronco está aos poucos sendo incluído no planejamento familiar.

Mais de 22 mil amostras de células-tronco do cordão umbilical já foram utilizadas em transplantes em todo o mundo. Para se ter uma ideia, mais de 50% dos transplantes de medula óssea nos EUA são feitos com células-tronco do cordão umbilical ao invés das provenientes da medula. Somente no Criobanco Medicina e Biotecnologia, instituição especializada em terapia celular, são mais de 1.400 amostras criopreservadas.


Avanço das pesquisas com células-tronco

De acordo com o diretor técnico do Criobanco Medicina e Biotecnologia, o médico hematologista Edgard de Barros Nascimento, ao longo dos últimos anos, diversas pesquisas foram realizadas e muitas já apresentam resultados com a aplicação terapêutica das células-tronco de cordão umbilical.

“Milhares de pessoas já foram submetidas a transplantes de medula óssea, utilizando-se células provenientes do cordão umbilical. Portanto, esse é um procedimento cada vez mais comum. Mas a novidade dos últimos anos que eu destaco é o início das utilizações clínicas dessas células em terapias regenerativas, ainda que experimentais. Estamos presenciando centenas de protocolos de pesquisa recrutando pacientes voluntários a ingressarem em estudos para tratamentos de doenças incuráveis, como paralisia cerebral e diabetes, através de células-tronco de cordão umbilical”, explica.

As expectativas mundiais são boas. O Departamento Norte-Americano de Saúde, por exemplo, estima que, em 2020, aproximadamente 128 milhões de pessoas se beneficiem das terapias de regeneração e substituição de tecidos afetados por doenças. As células de cordão umbilical podem ter um papel importante nesse contexto, já que experimentos indicam uma grande capacidade de se diferenciarem em diversos tecidos e promoverem melhorias funcionais significativas.

Congelar ou não? Vale à pena?

O gerente executivo do Criobanco, Rodrigo Motta, salienta que o processo de decisão vivido pelos pais nem sempre é fácil. “Nossa preocupação fundamental é informar imparcialmente. Jamais convencemos ou recomendamos a contratação, pois essa decisão deve ser tomada pelos pais sem qualquer tipo de pressão. O que fazemos é divulgar a possibilidade de preservar, esclarecer dúvidas e prestar o serviço de acordo com as melhores práticas disponíveis no mundo”, diz.

O Criobanco prima por mostrar o que há de verdade quanto às pesquisas com as células-tronco, não utilizando ferramentas de persuasão antiéticas no processo. “Muitas vezes nos deparamos com pais que querem contratar iludidos com as possibilidades terapêuticas e procuramos colocar seus pés no chão. Vemos também muitos outros que rejeitam a hipótese em virtude de falta de informação ou, o que é pior, má informação. Nosso desafio é equilibrar os dados disponíveis sobre o assunto, para que os pais possam, então, estabelecer suas prioridades”, completa Rodrigo.


Fonte: CRIOBANCO - Texto: Tríade Comunicação. Células-tronco de cordão umbilical: pesquisas e avanços. Meu Bebê, Belo Horizonte, ano 5, n. 17, p. 27, mar./jun. 2011.

Observação 1: CRIOBANCO - Texto Tríade Comunicação (Monique Ferbek, Thalita Ramos, Denise Klein, Ane Ramaldes).

Observação 2: A Revista Meu Bebê é distribuída gratuitamente pela Editora Meu Bebê Ltda. (www.guiameubebe.com.br)
 
 

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